sexta-feira, 9 de abril de 2010

VIVAMOS GEDEÃO!

Tempo de Poesia

Todo o tempo é de poesia

Desde a névoa da manhã
à névoa do outo dia.

Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia

Todo o tempo é de poesia

Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.

Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.

Todo o tempo é de poesia.

Desde a arrumação ao caos
à confusão da harmonia.

3 comentários:

  1. Disperso, mas distinto! Assim se quer um Blogue.

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  2. E eu respondo com Sophia:

    "O poema me levará no tempo
    Quando eu já não for eu
    E passarei sozinha Entre as mãos de quem lê
    O poema alguém o dirá
    Às searas
    Sua passagem se confundirá
    Como rumor do mar com o passar do vento
    O poema habitará
    O espaço mais concreto e mais atento
    No ar claro nas tardes transparentes
    Suas sílabas redondas
    (Ó antigas ó longas
    Eternas tardes lisas)
    Mesmo que eu morra o poema encontrará
    Uma praia onde quebrar suas ondas
    E entre quatro paredes densas
    De funda e devorada solidão
    Alguém seu próprio ser confundirá
    Com o poema no tempo"
    beijinho

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  3. Mais um belo espécime de poesia!
    Continua Verinha

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